17 de outubro de 2007

Credibilidade da segurança

O Gustavo Bittencourt escreveu sobre a visão de Linus Torvalds sobre segurança. Resumindo, Linus considera que a métrica mais usada em segurança é o "achômetro".

Eu concordo em partes, eu não diria que segurança é "achometrô", pois existe uma ciência chamada gestão de riscos que é amparada matematicamente. O que leva Linus a pensar assim é que boa parte do mercado/profissionais tem uma visão equivocada. O mercado vem querendo tratar riscos de natureza humana com ciências exatas.

Probabilidade

Como assim? Os usuários sem a visão dos riscos, sem preparo, sem motivação, é negligente com informações de todo gênero e o mercado quer resolver com "senha forte" e criptografia. Sim, eu sei que os controles servem para trazer os riscos a níveis aceitáveis, mas tecnologia como essas não vão resolver os problemas de natureza não exata.

Para quem acha que eu estou errado, a quem tente provar por A mais B o ROSI (Return Of Security Investment) em segurança. Como mostrar números para uma ciência fortemente amparada por ciências exatas (financeiro) de algo que é incerto por natureza? Sim, segurança é incerto por natureza! A fórmula básica de análise de riscos é: R = Probabilidade x Impacto.

pro.ba.bi.li.da.de
s. f. 1. Qualidade de provável. 2. Indício que deixa presumir a verdade ou a possibilidade de um fato; verossimilhança. 3. Evento, circunstância, ocorrência etc., provável. 4. Teol. Razão sobre que os moralistas fundamentam a doutrina do probabilismo. 5. Medida baseada na relação entre o número de casos favoráveis e o número total dos casos possíveis.

Probablidade que é originada dos jogos de azar pode até ser calculada, mas o máximo que se chega é: "A probababilidade de acontecer é 56%". Portanto, segurança não é "achometrô", porém não consegue ser binário como muitos desejam.

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