Após o estabelecimento da
Resolução 3.380 do BACEN, muitas instituições financeiras de pequeno e médio porte tiveram que estabelecer uma estrutura de gestão de risco operacional. O que é um diferencial de negócio nas grandes instituições se tornou dor de cabeça nas pequenas e médias.
Vários projetos foram desenvolvidos para se alcançar a conformidade com a resolução. Muitos destes projetos foram de Continuidade de Negócios. Eu tive a oportunidade de trabalhar em alguns destes projetos e consequentemente estudar bastante sobre risco operacional.
O objetivo deste post é esclarecer um equívoco que esta sendo cometido relacionado a métodos de alocação de capital. Em um bom projeto de Continuidade de Negócios a BIA (Business Impact Analysis) é um dos estudos que saltam os olhos, acredito que, por este motivo muitos associaram o BIA (Business Impact Analysis) com o BIA (Basic Indicator Approach) que é um dos métodos de alocação de capital.
Segundo a Resolução 3.380 todas as instituições tem que estabelecer uma metodologia para alocação de capital, as mais utilizadas são:
- BIA (Basic Indicator Approach)
Consiste no método mais simplificado e tem a seguinte fórmula: Calcula-se a média do resultado bruto nos últimos 36 meses e aplica-se o fator de 15%.
- STA (Standardized Approach)
Este método é semelhante ao anterior mais separa os resultados em linhas de negócio da instituição financeira.
- Corporate Finance: 18%
- Retail Banking 12%
- Commercial Banking 15%
- Trading and Sales 18%
- Payment and Settlement 18%
- Agency Services 15%
- Asset Management 12%
- Retail Brokerage 12%
- ASA (Alternative Standardized Approach)
Esse método tem abordagem semelhante ao anterior mais com foco diferenciado nas linhas Commercial e de Retail.
- AMA (Advanced Measurement Approach)
Este método é o mais complexo e exige maturidade da instituição. Ele adota métodos qualitativos e quantitativos. A vantagem em adotar o AMA está na possibilidade de alocar menos capital para risco operacional.
Não sou nenhum especialista no mercado financeiro, a idéia é tentar esclarecer este equívoco entre os profissionais que nunca passaram por esta situação. Uma boa fonte para quem deseja se aprofundar é o próprio
site do Banco Central.